Os 8 Membros do Yoga: Um Guia Completo e Simples para Iniciantes no Práticas de Yoga

Você já se perguntou o que o Yoga tem a oferecer além das posturas incríveis que vemos por aí? A verdade é que o Yoga é muito mais do que apenas um exercício físico. Ele é uma filosofia de vida completa, um caminho milenar que busca o bem-estar integral do corpo, da mente e do espírito.

Para quem está começando, pode parecer um universo complexo, mas não se preocupe! O sábio Patanjali organizou essa filosofia em 8 pilares, ou 'membros', que funcionam como um guia para uma vida mais equilibrada e consciente. No Práticas de Yoga, acreditamos que essa jornada deve ser simples e acessível a todos.

Neste guia, vamos descomplicar cada um desses membros para você entender como eles se aplicam no seu dia a dia e como podem transformar sua vida. Prepare-se para ir além do tapete!

1. Yama: Como Agir com o Mundo e com os Outros

O primeiro pilar do Yoga nos convida a refletir sobre nossa conduta e ética em relação ao mundo ao nosso redor. São princípios universais que nos ajudam a viver em harmonia com os outros e com o ambiente. Existem cinco Yamas principais:

  • Ahimsa (Não-violência): A prática de Ahimsa vai além de não causar mal físico. Significa cultivar a compaixão e a não-agressão em pensamentos, palavras e ações, tanto para os outros quanto para si mesmo. É a base para todas as outras práticas.

  • Satya (Verdade): Falar a verdade é essencial, mas o Yoga nos ensina a fazer isso de forma gentil e útil. Ser verdadeiro consigo mesmo também é um aspecto importante de Satya.

  • Asteya (Não-roubar): Respeitar o que não é seu, seja um objeto, uma ideia, ou até mesmo o tempo e a energia alheios. É sobre honestidade e integridade.

  • Brahmacharya (Controle dos Sentidos/Uso Consciente da Energia): Não se trata de repressão, mas de usar a sua energia de forma equilibrada e consciente, buscando a moderação em todas as áreas da vida.

  • Aparigraha (Não-apego/Não-possessividade): Desapegar-se do que não é essencial, evitando o acúmulo excessivo de bens materiais e até mesmo de ideias e expectativas. É a busca pela simplicidade e leveza.

2. Niyama: Como Cuidar de Si Mesmo

Enquanto o Yama olha para fora, o Niyama se volta para o nosso interior, focando no autocuidado e na disciplina pessoal. São observâncias que nos ajudam no desenvolvimento e crescimento internos:

  • Saucha (Pureza): Manter a limpeza do corpo (através da higiene e alimentação saudável) e da mente (através de pensamentos positivos e ambientes saudáveis).

  • Santosha (Contentamento): Cultivar a satisfação com o que se tem no momento presente, encontrando alegria e aceitação, sem se prender a expectativas futuras.

  • Tapas (Austeridade/Disciplina): Praticar a autodisciplina e o esforço consciente para o crescimento pessoal. É a capacidade de perseverar mesmo diante de desafios, com o objetivo de purificação e fortalecimento.

  • Svadhyaya (Autoestudo): Dedicar-se ao estudo de si mesmo, de seus padrões de pensamento e comportamento, e também de textos inspiradores que promovam conhecimento e reflexão.

  • Ishvara Pranidhana (Devoção/Entrega): Cultivar a fé e a entrega a uma força maior, ao universo, ou ao fluxo da vida. É soltar o controle excessivo e confiar no processo.

3. Asana: As Posturas Físicas

Este é o pilar mais conhecido e praticado do Yoga no Ocidente! As Asanas são as posturas físicas que fortalecem, alongam e equilibram o corpo. Mais do que apenas exercícios, elas preparam o corpo para a meditação, aumentam a consciência corporal e promovem uma vida mais plena e saudável.

4. Pranayama: A Arte de Respirar Consciente

Você sabia que a sua respiração é uma ferramenta poderosa para controlar a sua mente e energia? O Pranayama é o controle consciente da respiração, que nos ensina a expandir e direcionar a energia vital (prana) pelo corpo. Através de técnicas respiratórias, é possível acalmar a mente, reduzir o estresse e aumentar sua vitalidade.

5. Pratyahara: O Recolhimento dos Sentidos

Em um mundo cheio de distrações, Pratyahara é um convite para 'desconectar para conectar'. Este membro nos ensina a direcionar a atenção para dentro, controlando a influência dos estímulos externos dos nossos sentidos. É como pausar o mundo exterior para ouvir o que acontece em nosso próprio interior, um passo fundamental para as práticas meditativas.

6. Dharana: A Concentração

Com os sentidos mais recolhidos, entramos em Dharana, a prática da concentração. Aqui, a mente aprende a focar em um único ponto, seja ele um objeto, um som (como um mantra), ou a própria respiração. Dharana é o treinamento da mente para manter o foco, sem dispersão, preparando-a para a quietude profunda.

7. Dhyana: A Meditação

Quando a concentração (Dharana) se aprofunda e consegue se manter sem esforço e por um período mais longo, entramos em Dhyana, o estado de meditação. É um fluxo contínuo de consciência, onde a mente se torna clara e em paz. É nesse estado que o observador e o observado, ou seja, você e o objeto da sua meditação, começam a se unir.

8. Samadhi: A Iluminação/União

O último e mais elevado membro do Yoga é Samadhi, o estado de união e iluminação. É a transcendência do 'eu' individual, onde há uma profunda conexão com a essência universal. Em Samadhi, experimentamos uma paz profunda, contentamento pleno e a percepção da unidade de tudo que existe. É o objetivo final da jornada do Yoga.

Conclusão

Os 8 Membros do Yoga de Patanjali são mais do que um conjunto de regras; são um convite para uma vida mais equilibrada, consciente e plena. Cada membro complementa o outro, formando um caminho gradual em direção ao autoconhecimento e à paz interior.


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